Qual foi a revolução quantitativa?

A Revolução Quantitativa foi um dos quatro principais momentos históricos da geografia moderna, sendo os outros três a geografia regional, o determinismo ambiental e a geografia crítica. A revolução quantitativa ocorreu entre as décadas de 1950 e 1960 e marcou uma mudança acelerada na técnica por trás da pesquisa geográfica em ciência espacial da geografia regional. A revolução quantitativa em outros campos, como a economia, a ciência política e a psicologia, e em menor medida na história, já ocorrera antes da geografia.

Contexto histórico

Historicamente, a geografia não era vista como um componente crítico da ciência, mas como algo suave e não científico. Por sua vez, os geógrafos trabalharam em uma estratégia que convenceria os críticos de que eles são apenas geólogos de segunda classe. A revolução quantitativa não foi a introdução da matemática na geografia, mas o uso da matemática como uma ferramenta para a metodologia estatística, modelagem matemática formal e propósitos explícitos. No início da década de 1950, a geografia se deparou com a crescente pressão para elaborar exaustivamente como os processos sociais, físicos, políticos e econômicos estão ecologicamente relacionados, espacialmente organizados e como certos resultados em um determinado lugar e tempo são resultado de suas repercussões.

Fatores que levaram à revolução

Após a Segunda Guerra Mundial, a tecnologia tornou-se um aspecto importante da sociedade que, por sua vez, tornou as ciências baseadas no nomotismo populares e proeminentes. Outro fator que levou à revolução quantitativa geográfica é que havia questões contínuas sobre o aspecto da geografia, já que sua importância estava sendo questionada. A geografia era vista como apenas educacional, pois tinha pouquíssimas aplicações principalmente na geografia contemporânea. Vários departamentos e cursos geográficos significativos nas universidades estavam sendo abolidos, como o programa de geografia da Universidade de Harvard que foi encerrado em 1948. A geografia era considerada não científica e um pouco descritiva sem explicação importante sobre como ou por que certos fenômenos ocorrem. Por último, houve uma divisão contínua entre a geografia física e humana, onde a geografia humana estava se tornando um assunto independente.

A fase introdutória

A revolução quantitativa foi introduzida pela primeira vez nas universidades da Europa, com o apoio de estatísticos e geógrafos dos Estados Unidos e da Europa. A revolução surgiu pela primeira vez no final dos anos 1950 e início dos anos 1960 e elevou a credibilidade da geografia. Inicialmente, a ideia de usar a revolução quantitativa foi trazer à luz o aspecto científico da geografia. No entanto, a revolução também resultou em um maior uso de técnicas informatizadas nas estatísticas ao empreender pesquisas geográficas. As novas técnicas usaram uma ampla gama de métodos matemáticos que ajudaram a melhorar a percepção da geografia como um estudo importante e científico.

O significado da revolução quantitativa

A revolução quantitativa que levou ao uso de computadores ajudou em numerosos desenvolvimentos que, por sua vez, ajudaram os geógrafos a avaliar modelos complexos. A revolução também teve grande impacto nos ramos urbano, físico e econômico da geografia. A revolução moldou grandemente a estrutura dos departamentos de geografia nos EUA, com muitos geógrafos físicos se fundindo com os departamentos geológicos, tornando-se geógrafos estritamente humanos ou abandonando os departamentos de geografia. A revolução quantitativa recebeu uma resposta diferente no Reino Unido, já que a maioria dos geógrafos contribuiu para a especialização da geografia e o desenvolvimento da geografia sistemática, entre outros campos e ramos do assunto.