O que é o Continental Drift?
A deriva continental é um fenômeno que explica como os continentes da Terra se movem na superfície do leito oceânico. Abraham Ortelius foi o primeiro geógrafo que propôs este fenômeno em 1596. A teoria foi desenvolvida independentemente em 1912 por Alfred Wegener, mas foi rejeitada devido à falta de mecanismo (que foi introduzido por Arthur Holmes). A teoria da deriva continental foi substituída pela teoria das placas tectônicas, que ilustra como os continentes derivam.
A teoria da deriva continental
A hipótese da deriva continental foi desenvolvida durante as primeiras partes do século XX por Wegener. Ele acreditava que todos os oito continentes eram um único supercontinente antes de se separarem. Vários geólogos denunciaram sua hipótese depois de publicá-la em seu livro sobre a origem dos oceanos e continentes em 1915. Uma das razões é que sua teoria não tinha um mecanismo confiável. Outro problema com a proposta de Wegener foi o fato de ele ter afirmado que a velocidade da deriva continental era de 8, 202 pés / ano, o que é bastante alto (atualmente a taxa aceitável de deriva continental é 0, 082 pés / ano). Wegner era geógrafo e não geólogo, e outros geólogos acreditavam que ele não tinha provas suficientes.
Embora suas observações sobre as rochas e fósseis estivessem corretas, Wegener estava errado em vários assuntos. Ele acreditava que os continentes atravessavam a crosta do oceano. Embora a hipótese da deriva continental tenha sido descartada, ela ajudou a introduzir a ideia do movimento continental nas geociências. Décadas mais tarde, vários geólogos confirmaram algumas de suas idéias, incluindo a existência de um super-continente conhecido como Pangea. Acredita-se que Pangea tenha sido formado há cerca de 250 milhões de anos.
Uma das questões pendentes que Wegener não conseguiu responder foi que tipo de forças impeliram as placas da Terra, e isso resultou em sua hipótese sendo contestada por muitos cientistas. Mais tarde, um geólogo britânico conhecido como Arthur Holmes defendeu essa teoria. Em 1931, Holmes propôs que o manto da Terra tivesse algumas células de convenção que dispersavam o calor radioativo que conduzia à crosta terrestre. Jack Oliver forneceu a prova sismológica que sustenta a idéia da placa tectônica que substituiu a deriva continental em um artigo que publicou em 1968.
Evidência da deriva continental
Algumas das evidências que sustentam a deriva continental das placas tectônicas incluem a presença de animais semelhantes e fósseis de plantas nas margens de vários continentes, o que sugere que eles já foram unidos. Fósseis de um réptil de água doce conhecido como Mesosaurus foram encontrados na África do Sul e no Brasil. Outra evidência é da descoberta dos fósseis do Lystrosaurus (um réptil terrestre) em rochas da mesma idade na Antártida, na Índia e na África. Algumas das evidências existentes incluem numerosas famílias de minhocas, como Octochaetidae e Acanthodrilidae, que são nativas da África e da América do Sul. O arranjo complementar dos lados de frente na África e na América do Sul é também outra evidência que sustenta a idéia da deriva continental.